Voltam a subir os casos diagnosticados de HIV
03/12/2021 07:50 em Novidades

Nessa quarta-feira (1º), Dia Mundial de Luta contra a Aids, o Ministério da Saúde lançou a campanha Prevenir é Sempre a Melhor Escolha, com a proposta de conscientização sobre a importância da prevenção do HIV, além de ter como finalizada a atuação massiva no diagnóstico e tratamento, principalmente entre a população mais jovem.

Valendo-se de dados de 2020, o Ministério da Saúde pontuou que no ano passado foram notificados 29.917 casos de aids no Brasil, frente a 37.731 em 2019, o que equivale a uma queda de 20,7%.

Dados do Centro de Orientação e Apoio Sorológico (Coas) de Pato Branco, também revelam redução de notificações locais quando o comparativo leva em conta 2020 a 2019.

No ano passado, foram diagnosticados 13 casos de HIV/Aids no município, enquanto que em 2019, foram 25.

Contudo, tendo por base os dados de 2021, e comparando com os indicativos de 2020, se observa a crescente de 115,38% nos diagnósticos, uma vez que até o momento, neste ano, foram notificados 28 pacientes.

O número atingido em 2021, só não é maior aos registrados em 2017, quando foram observados 29 novos casos e 2014 e 2016, anos que foram identificados 33 novos casos. Vale lembrar que controle de diagnóstico no município iniciou em 2010.

Quem são os pacientes atendidos pelo Coas? 

O Perfil Epidemiológico dos Pacientes Portadores do Vírus HIV em Pato Branco revela que atualmente 366 pacientes estão em tratamento via Coas.

Deste total, 121 é portador do vírus HIV e 245 convivem com a aids, fazendo o uso de medicamentos antirretrovirais.

Em se tratando de gênero, 215 dos pacientes atendidos são do sexo masculino e 151 do feminino.

Ainda de acordo com o perfil traçado no Coas, uma paciente atendida tem menos de 13 anos e está diagnosticado com aids.

A maior incidência em mulheres é na faixa etária de 20 a 39 anos. Neste perfil são 74 casos em tratamento, o equivalente a 50,34%, da população feminina diagnosticada.

Com relação aos homens, a faixa etária com mais incidência se equivale a feminina: 20 a 39 anos. Com este perfil, são 109 homens positivados para HIV ou que desenvolveram a doença.

Em termos de nível de escolaridade, o perfil epidemiológico dos pacientes revela que, em sua maioria, os casos são registrados em pessoas com Ensino Fundamental.

Exposição

O Coas trabalha com dois níveis claros de exposição, o da população que convive com um paciente HIV/Aids e ainda com a forma de contágio.

Dos pacientes atendidos pelo Coas em Pato Branco, 75 no momento envolvem crianças em acompanhamento por exposição ao vírus.

A eles se somam ainda duas gestantes.

Por sua vez, em se tratando de forma de contágio, 317 dos pacientes em acompanhamento, o equivalente a 84,54%, tiveram contato com o vírus em relações heterossexuais e 49 em relações homossexuais.

Não há registro de transmissão vertical, que é quando a mãe infectada passa para o filho.

Doença

A aids é causada pela infecção pelo HIV, que ataca o sistema imunológico, responsável pela defesa do organismo. O vírus é capaz de alterar o DNA de uma das células do corpo humano e fazer cópias de si mesmo. Ao se multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção. “Vale lembrar que a pessoa que vive com o HIV pode não desenvolver a aids, caso realize o tratamento adequado”, reforçou o ministério.

A transmissão ocorre por meio do sexo vaginal, anal ou oral sem camisinha; pelo uso de seringa por mais de uma pessoa; por transfusão de sangue contaminado e pelo uso de instrumentos não esterilizados que furam ou cortam. É possível transmitir o vírus também durante a gravidez, no momento do parto e na amamentação.

“É importante quebrar mitos e tabus, esclarecendo que as pessoas que vivem com HIV não transmitem a doença das seguintes formas: masturbação a dois; beijo no rosto ou na boca; suor e lágrima; picada de inseto; aperto de mão ou abraço; sabonete, toalha, lençóis; talheres e copos; assento de ônibus; piscina; banheiro; doação de sangue; pelo ar”, destacou a pasta.

Prevenção

O site do Ministério da Saúde mantém atualizado dados de como evitar a transmissão de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) e do HIV/Aids e das hepatites virais B e C, com destaque ao uso da camisinha (masculina ou feminina) em todas as relações sexuais (orais, anais e vaginais), lembrando que este é o método mais eficaz.

No site do ministério também existe a informação que a camisinha masculina ou feminina pode ser retirada gratuitamente nas unidades de saúde.

É destacado ainda que uso de seringas de forma coletiva; transfusão de sangue contaminado e de instrumentos não esterilizados são fatores passiveis de contaminação.

Fonte: Diário do Sudoeste

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