Quase por unanimidade - exceto pelo voto contrário do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), Senado aprova adiamento do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

A decisão, na noite de terça-feira, contempla pedidos de estudantes, secretários de educação e reitores de instituições de ensino de várias partes do país, que pedem a suspensão das provas seletivas pelo impacto provocado nos estudos por causa da pandemia de Covid-19.

Os 75 votos favoráveis postergam também outros processos seletivos de acesso à educação superior, como os vestibulares. Vale até que todas as atividades do ensino médio estejam concluídas em todo o território nacional.

Os senadores aprovaram, também, uma emenda que obriga o Enem a oferecer ferramentas de acessibilidade a pessoas com deficiência, tanto na versão impressa como na digital.

São recursos como texto em braille ou ledor, tradutor de Libras e auxiliares para leitura, além de acessibilidade às salas físicas e mobiliário adaptado.

O projeto segue para votação no plenário da Câmara e, se aprovado, vai à sanção do presidente Bolsonaro. No mesmo dia em que o Senado votava a proposta, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, disse, em redes sociais, que fará uma consulta na última semana de junho, para saber se os candidatos são favoráveis à manutenção ou adiamento do exame. O Enem está marcado para novembro.