O Brasil deve fechar a safra 2020/2021 com a produção de 1,1 milhão toneladas de maçã. A projeção foi apresentada pelo diretor executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Maçã (ABPM), Moisés Lopes Albuquerque. 

Conforme ele, o país deve voltar à sua média histórica de produção, superando a quebra na safra passada, ocasionada principalmente pela falta de chuvas na região Sul do país. Na safra atual, Albuquerque destaca que as condições climáticas são favoráveis, elevando o calibre e a qualidade dos frutos.

Do total produzido, 20% devem ser destinados à indústria, para a produção de doces e sucos, outros 10% vão para exportação e os 70% restantes são comercializados no mercado de fruta fresca nacional.

Destacando a preferência do consumidor pela variedade Fuji, ressalta que o mercado carece de novas variedades, por isso a importância de órgãos de pesquisa, como a Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina), uma das principais instituições na pesquisa da área de fruticultura.

O diretor executivo da ABPM pontuou também sobre o trabalho dos produtores no enfrentamento à pragas, como a Cydia pomonella, erradicada no país por meio de um trabalho conjunto entre governo e iniciativa privada, salientando que nesse momento, as atenções do setor voltam-se ao Cancro europeu, que foi introduzida no país por meio da importação de mudas de macieiras. Destaca que os órgãos de pesquisa têm atuado no desenvolvimento de variedades resistentes, além do trabalho dos órgãos de defesa e dos próprios produtores no controle da doença.