Anúncio de prorrogação do auxílio emergencial, por valor menor do que os atuais R$ 600,00 gera mais um impasse administrativo entre o governo e o Congresso. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) afirmou que a redução do benefício precisa de aprovação no Congresso.

Segundo o parlamentar, a lei não permite a redução, e o governo tem autorização para renovar a renda emergencial pelo mesmo valor. Maia assegurou que tanto a Câmara quanto o Senado votarão com urgência uma nova proposta do governo. E rebateu a afirmação do presidente Bolsonaro de que o benefício seria mantido nos mesmos moldes caso os parlamentares aceitem reduzir os próprios salários.

O deputado sugeriu um corte linear nos salários de membros dos três poderes para compensar a ajuda de R$ 600,00 por mais tempo. Rodrigo Maia garantiu que o parlamento está disposto a dialogar e, na sua opinião, certamente vai defender um corte de 10% por seis meses, ou um percentual maior por menos tempo. Mas faz uma ressalva de que só os vencimentos dos parlamentares não são suficientes para cobrir o montante do benefício.