13 colégios cívico-militares serão implantados no Sudoeste
27/10/2020 06:56 em Novidades

Em 2021, a região sudoeste do Paraná passará a contar com 13 colégios cívico-militares, ou seja, instituições que terão sua gestão compartilhada entre militares e civis. As unidades serão distribuídas em nove municípios.

A iniciativa anunciada, na segunda-feira (26), pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior, tem por objetivo aumentar a qualidade de ensino no Paraná, que terá, a partir do próximo ano, 215 colégios cívico-militares em 117 municípios do estado.

Conforme Renato Feder, secretário estadual de Educação e do Esporte, com o programa passarão a existir aulas adicionais de português, matemática e também de civismo, para estudar leis, Constituição Federal, papel dos três Poderes, ética, respeito e cidadania. “Os alunos vão estudar mais. E no Ensino Médio a principal mudança é a implementação da educação financeira”, afirmou Feder. “A educação está se transformando no Paraná. É um modelo que acreditamos para o futuro”.

Escolha dos municípios

De acordo com o Departamento de Comunicação da Secretaria de Educação e do Esporte (Seed), municípios com mais de dez mil habitantes e ao menos duas escolas estaduais na área urbana foram os escolhidos para a implementação do programa. “Além de características como o alto índice de vulnerabilidade social, baixos índices de fluxo e rendimento escolar e que não ofertem ensino noturno.”

Colégio La Salle

Em setembro de 2019, o Governo do Estado autorizou a implementação de um colégio militar em Pato Branco, na estrutura do que é hoje o Colégio Estadual La Salle.

Neste ano, o governo iniciou a transição pedagógica para a gestão da Polícia Militar (PM) e no próximo ano, iniciará, oficialmente as atividades militares no local.

Como será comandado apenas por PMs do Paraná, o colégio, que passará a ser chamado de Colégio da Polícia Militar de Pato Branco, não faz parte da lista de instituições cívico-militares.

Colégio cívico-militar

Já a nova modalidade de ensino funcionará com gestão compartilhada entre militares e civis em escolas do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e no Ensino Médio.

As aulas continuarão sendo ministradas por professores da rede estadual, enquanto os militares serão responsáveis pela infraestrutura, patrimônio, finanças, segurança, disciplina e atividades cívico-militares. Haverá um diretor-geral e um diretor-auxiliar civis, além de um diretor cívico-militar e de dois a quatro monitores militares, conforme o tamanho da escola.

Um dos diferenciais do programa, é o aumento da carga horária curricular, com aulas extras de português, matemática e valores éticos e constitucionais. A lei foi aprovada neste ano pela Assembleia Legislativa do Estado, mas o programa está sendo planejado desde o ano passado.
Os colégios foram selecionados pela Seed e haverá uma consulta à comunidade escolar a partir desta terça-feira (27) para oficializar a indicação.

Objetivos

Os objetivos detalhados do novo programa passam pela garantia do cumprimento das diretrizes e metas do Plano Estadual de Educação. Entre eles estão atuação contra a violência; promoção da cultura da paz no ambiente escolar; criação de novas possibilidades de integração da comunidade escolar; garantia da liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; e auxílio no enfrentamento das causas de repetência e abandono escolar.

As instituições de ensino selecionadas funcionarão em regime de cooperação, por meio de termo entre a Secretaria da Educação e do Esporte e a Secretaria da Segurança Pública do Paraná. O programa será avaliado continuamente a partir da implementação, como forma de aferição da melhoria e do alcance das metas do modelo proposto. Não haverá seleção de alunos.

 

Fonte: Diário do Sudoeste

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