Pesquisa aponta alta da cesta básica no Sudoeste
11/02/2021 07:09 em Novidades

A alta de preços da cesta básica de alimentos, registrada em 13 capitais brasileiras, de dezembro de 2020 a janeiro de 2021, pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) também foi  constatada no Sudoeste do Paraná. É o que aponta estudo da Universidade Estadual do Oeste (Unioeste), pelo Grupo de pesquisa em Economia, Agricultura e Desenvolvimento, do curso de Ciências Econômicas (GPEAD), Campus de Francisco Beltrão. 

 

O Grupo tem parceria com Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Campus de Dois Vizinhos e Faculdade CESREAL, de Realeza. O estudo é realizado  em Dois Vizinhos, Francisco Beltrão, Pato Branco e Realeza, dados divulgados simultaneamente aos do Dieese.

 

Compõem a cesta básica: carne, leite, feijão, arroz, farinha, batata, legumes (tomate), pão francês, café em pó, frutas (banana), açúcar, banha/óleo e manteiga.

 

Segundo o Diesse, o custo dos alimentos de primeira necessidade para as refeições de uma pessoa adulta teve alta em 13 das 17 capitais pesquisadas. As maiores foram s em Florianópolis (5,82%), Belo Horizonte (4,17%) e Vitória (4,05%).  As reduções de valor da cesta ocorreram em: Natal (-0,94%), João Pessoa (-0,70%), Aracaju (-0,51%) e Fortaleza (-0,37%). 

 

Em janeiro de 2021, houve alta nos preços da carne, da banana, da batata, do feijão e da carne, conforme pesquisa do Dieese. Já nas cidades pesquisadas pelo GPEAD, o comportamento dos preços foi semelhante ao observado nas capitais, com destaque para açúcar, a batata, o tomate, o feijão, a farinha de trigo e o tomate. 

 

No sudoeste do Paraná, a análise é realizada em quatro cidades: Dois Vizinhos, Francisco Beltrão, Pato Branco e Realeza,  desenvolvida pelo GPEAD e instituições parceiras. Os dados da pesquisa constataram que,  no período, redução no valor da cesta em Dois Vizinhos (-3,79%), Pato Branco (-1,07%) e Realeza (-0,05%). Em Francisco Beltrão, houve alta de (2,9%). 

 

O preço mais elevado foi o de Francisco Beltrão, R$ 508,88, seguid por Realeza, R$ 484,76, Pato Branco, R$ 479,10, e a de menor custo foi a de Dois Vizinhos, R$ 464,57 (veja tabela).

 

O estudo mostra que o salário mínimo nacional, tanto o bruto quanto o líquido, em janeiro, são insuficientes para assegurar a aquisição da cesta básica familiar, tanto para as cidades pesquisadas pelo GPEAD quanto para as demais localidades selecionadas. Se observada o que determina a Constituição Federal, para a manutenção de uma família de quatro pessoas, o salário mínimo deveria ser de: R$ 3.902,86, em Dois Vizinhos; R$ 4.275,11 em Francisco Beltrão; R$ 4.024,92, em Pato Branco e R$ 4.072,47, em Realeza.

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